O Crescimento do E-Commerce Supera os Shoppings na Grande São Paulo

Notícia sobre acelerado crescimento do comercio eletrônico no Brasil é de relevância também para os estudos online. A penetração da internet no país já permite que quase 70 milhões de brasileiros "sejam encontrados" na rede mundial de computadores. Cada vez mais quem navega na web se sente confortável e seguro para dar sua opinião, deixar dados pessoais e informação bancária. Essa migração permite que possamos conhecer melhor os hábitos, anseios e desejos de boa parte da população.

Parece que os brasileiros finalmente estão se rendendo às facilidades das compras online. Essa conclusão provém de uma pesquisa recentemente solicitada pela Fecomercio (Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo) em conjunto com a consultoria e-bit, que é especialista em informações sobre comércio eletrônico. Com resultados divulgados no último dia 27 de setembro o estudo mostra que o comércio eletrônico brasileiro gerou R$ 7,8 bilhões de faturamento entre janeiro a julho de 2010, o que significa um crescimento de 41,2% em comparação com o mesmo período de 2009. O curioso é que este total de faturamento superou o total de vendas dos shoppings da Grande São Paulo, comparado no mesmo período, que resultou em cerca de R$ 7,2 bilhões.

Com o aumento da presença do e-commerce no varejo, a Fecomercio decidiu rever o método de apuração da Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV), que é desenvolvida mensalmente desde 1970. Com a mudança feita pela Fecomercio, o comércio eletrônico passa a fazer parte do segmento do varejo, cujo nome, dentro da pesquisa, ficou “e-PCCV”.

De janeiro a julho deste ano, o segmento varejista na Grande São Paulo cresceu, atingindo R$ 55,62 bilhões, o que significa um aumento de 10% em relação a estes meses no ano passado. No comércio virtual, nos primeiros sete meses de 2010, circularam cerca de R$ 1,25 bilhão – o que significa 29,3% a mais em relação aos mesmos meses em 2009. Segundo dados da própria Fecomercio, o desempenho do setor de vendas online deve continuar crescendo nos próximos anos. De acordo com informações da consultoria e-bit, o comércio eletrônico fechará 2010 faturando R$ 14,3 bilhões, o que representa uma alta de 35% em relação a 2009.

Segundo informações da Fecomercio, ainda, calcula-se que o comércio eletrônico deve crescer cerca de 30% por ano e, com isso ocorrendo de fato, as vendas eletrônicas irão superar as de lojas de departamentos e de móveis e decoração em dois anos. Com isso, o comércio eletrônico deixará de ser a nona força do varejo paulista para ficar em sétimo lugar.

A Fecomercio projeta para o varejo na Grande São Paulo este ano, um crescimento de 7%, sendo 6,6% no varejo tradicional e 25% no comércio eletrônico.

De janeiro a julho deste ano, as lojas de eletrodomésticos e eletroeletrônicos registraram as maiores altas no varejo da Grande São Paulo, crescendo 23,8% nas vendas, se compararmos com o mesmo período de 2009. O e-commerce responde por 8% das vendas neste mesmo período.

Considerações sobre a metodologia:*

A Pesquisa Conjuntural do Comércio Varejista (PCCV) é feita todo mês pela Fecomercio desde o ano de 1970, sendo atualizada periodicamente para permanecer moderna e adequada ao perfil do varejo. As informações são coletadas em aproximadamente 1.800 estabelecimentos comerciais na região metropolitana de São Paulo. O objetivo da pesquisa é acompanhar e avaliar o desempenho do comércio varejista em seus diversos ramos de atividade. A partir das informações coletadas, geram-se indicadores de faturamento nominal e faturamento real. Os dados da pesquisa visam auxiliar o empresário no processo de tomada de decisões em termos de investimentos, priorização de atividades, identificação de tendências do consumidor e do mercado, adequação a novos padrões, redefinição de diretrizes, alteração nos padrões de consumo, inserção no mercado e servir, com isso, como um balizador das suas atividades a curto prazo. A pesquisa sobre e-commerce parte de uma amostra de 2.500 empresas no Brasil realizada pela empresa de consultoria e-bit, o que significa mais de 90% do faturamento do e-commerce brasileiro. São aplicadas todos os meses 100 mil pesquisas, excluindo-se da amostra o setor de serviços, passagens aéreas e vendas de veículos. Com base nas informações obtidas, a Fecomercio consolida os dados fornecidos pela e-bit, contabilizando-os e comparando-os ao conjunto de atividades do varejo da Grande São Paulo.

*Fonte: Site da Fecomercio www.fecomercio.com.br

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