No dia 27/05/2015 ocorreu o E-Commerce Day em Santiago de Chile. Em sua 7ª edição local, o evento contou com a participação de 70 expositores nacionais e internacionais, mais de 60 speakers, 20 palestras, 12 oficinas temáticas e mais de 2.500 participantes (sendo 1.800 empresários e empreendedores de sucesso) que buscavam por tendências, aprendizado e desafios do comércio eletrônico tanto no Chile quanto na América Latina. Você pode conferir o programa do evento neste link!
A Netquest esteve presente e irá explorar os principais highlights do congresso:
Fazendo um overview do mercado nos últimos 4 anos, apresentamos o seguinte cenário de palavras-chave:
- 2012 > Mobile
- 2013 > Dispositivos móveis
- 2014 > Big data
- 2015 > Internet das coisas
Tendências
Atualmente nota-se a maturidade do mercado e do cliente a respeito do online, o canal veio pra ficar. Brayan Peralta (VISA) junto com George Lever (CCS) apontaram alguns fatores que contribuem para as principais atividades do setor: conectividade financeira (medição do poder aquisitivo e mecanismos de compra), dispositivos móveis, fonte do acesso a internet e processos de logística. Esses pilares mostram como a experiência de compra mudou. Ela é mais importante do que a própria compra. Através da grande exigência do consumidor, é preciso ter agilidade, segurança, tecnologia, facilidade e sem nenhum ruído na experiência. Visando maior expertise e valor agregado, inúmeras empresas buscam oportunidades e alternativas para desenvolver novas ferramentas para melhorar os processos.
Ecossistema digital
Tudo funciona como um ciclo e precisa estar integrado, conectado e fluir de forma natural. Foi pensando nisso que gigante plataforma chinesa foi construída, aponta Michael Lee (Alibaba). Através da transparência e da necessidade do consumidor, impulsionam o setor online ao desenvolvimento. Eles exploram o market place como modelo de negócio, onde conectam consumidores, fornecedores e empreendedores grandes, médios e pequenos. Para formar um ecossistema sólido, trabalham 5 pilares de negócio, como: B2B, B2C, serviços, plataforma de pagamentos e logística. Funcionam como empresas distintas porém se complementam, blindando a participação de terceiros e oferece um melhor controle da qualidade dos serviços prestados.
E-shopping Experience
Daniel Güell (París.cl) afirma: "A compra não acaba quando o cliente sai da loja". O consumidor busca por engajamento, quer ser surpreendido. Ricardo Alonso (Falabella), Francisco (Ripley), Antón (Fan Machine) e Daniel Cardoso (Latam Airlines), apostam em 3 conselhos: 1- O cliente mudou e o canal também: é preciso propor algo que realmente tenha sentido, respeitando seu espaço sem sobrecarregá-lo; 2-Busque cases de sucesso: se espelhe em grandes players do mercado pois já realizaram diversos casos de erros e acertos; 3-Não somos Cookies: os consumidores não são mais segmentados por clusters, cada indivíduo é único e necessita de uma identidade exclusiva na web, totalmente personalizada.
Mobile
Carlos Müller (10:10) apresentou a campanha #CompraSentado, realizada no Chile para incentivar aos residentes do país a confiarem neste canal. Assista o vídeo abaixo:
[youtube]https://www.youtube.com/watch?v=KPIJpD6ZWwo[/youtube]
O vídeo estimula a sociedade chilena a realizar sua primeira compra online, reforçando seus principais benefícios, nomeados de SSS: "Simples, Seguro e Sentado". Mobile é um objeto de necessidade social, pois de acordo com o Google, 91% das pessoas consultam o celular enquanto realizam qualquer outra tarefa. Através dessa realidade mobile, surge um novo conceito chamado de "micro momentos": necessidade instantânea de solucionar um problema. Tem curta duração, mas são vividos com muita intensidade, pois surgem a partir de uma necessidade imediata do consumidor. Por exemplo, um indivíduo irá preparar uma omelete, abre a geladeira para pegar os ovos e encontra um maço de espinafre e, ao encontrá-lo, decide pesquisar como pode realizar uma receita de omelete de espinafre em seu celular. Mobile é mais que um canal de vendas, é uma plataforma que faz parte do cotidiano, pois possibilita o "agora".
Omni Channel
Definição: junção dos ambientes físicos e virtuais (online e offline), apresentando uma perspectiva mais evoluída dos multi-canais, onde não importa o qual canal o consumidor fará a compra e sim a experiência e a interação com a marca. Conforme enfatizou Francisco Berroeta (Salcobrand), os canais deixam de ser fragmentados para tornar-se único, fornecendo uma experiência homogênea, complementou Marcio Arnecke (Zendesk). Cristobal Bello (Metriplica) comenta que os profissionais do mercado precisam olhar para todos os canais disponíveis e trabalhar de forma sinérgica e coordenada, prevendo a integração de processos como logística, armazenamento, distribuição, atendimento ao cliente, banco de dados e marketing. É um grande desafio, pois na prática exige alto nível de complexidade. Essa mudança cultural e comportamental, faz com que as empresas tenham senso de urgência em estabelecer novas regras.
Desfecho
Analisando todas as dicas, conselhos e experiências, encontrou-se que o ponto chave para o sucesso é trabalhar com organização, planejamento, clareza dos objetivos, intensidade, buscar profissionais qualificados e total imersão no conteúdo, buscando referências de erros e acertos para quebrar os paradigmas e ir ao encontro do êxito.
A pergunta mais esperada foi: "Como será o futuro do comércio eletrônico para 2016?". De fato não podemos garantir absolutamente nada, mas o que os especialistas esperam é que os avanços tecnológicos tendem a ser mais concretos, clientes e organizações estarão menos resistentes às novidades e mudanças, diversos países do mundo irão apresentar casos sólidos e reais de êxito e o foco das empresas não estará mais em trackear um dispositivo e sim examinar o comportamento do cliente de forma intensa e atingi-lo de maneira inteligente.
Confira o conteúdo completo do Congresso abaixo:
No próximo post vamos falar sobre a "Nova Geração de Respondentes". Acompanhe nosso blog!
