Durante o dia 2 de dezembro de 2015, a cidade de Santiago do Chile reuniu profissionais do setor de Market Research para comunicar uma notícia muito importante: A partir de 2016, haverá uma mudança na classificação dos modelos socioeconômicos do país. A Associação de Pesquisadores de Mercado do Chile(AIM) representada por Cristián Lehuedé (Presidente), junto com Andrés Varas, Víctor Allan Urzúa e Beatriz Bonet apresentaram os "Novos Grupos Socioeconômicos", conhecidos como GSE. Trata-se de uma análise estatística da estratificação social que considera o nível de renda como critério principal, considerando também o número de pessoas que vivem no mesmo lar para segmentar a população em diferentes níveis socioeconômicos.
"A sociedade chilena vem passando por mudanças, podemos notar através do desenvolvimento imobiliário, tipos de automóveis que circulam, maior acesso a educação universitária e o uso de tecnologias em smartphones e tablets. Hoje vivemos em outro Chile e isso se reflete na redefinição dos GSE", explica Cristián.
Uma consequência do crescimento econômico
Graças ao crescimento econômico do país, o comportamento e o consumo mudaram, assim como as classificações das classes sociais. Essa iniciativa teve origem através de inúmeras inquietudes e discussões fomentadas pelos membros da AIM e profissionais do setor. Neste gráfico pode-se observar a evolução da distribuição socioeconômica desde 2009 a 2013. Nota-se que junto com a redução da pobreza, a classe média cresceu significativamente, principalmente o grupo C3.
Evolução da distribuição socioeconômica | Fonte: AIM (Dezembro, 2015).
Para entender essa evolução, a organização decidiu rever a classificação para oferecer melhores oportunidades ao mercado. A decisão para a mudança foi baseada na atualização de 2 variáveis que permitem uma melhor precisão: total de renda do lar e o número de integrantes que compõe o núcleo familiar, pois ilustram muito bem o comportamento e o consumo. O estudo utilizou informações publicadas na Pesquisa CASEN, junto com a metodologia para a medição da pobreza, a fim de coletar um maior volume de dados e, por consequência, oferecer maios solidez em suas conclusões.
O que mudou?
Aumentou de 7 para 10 os GSE do país. Anteriormente os estratos estavam divididos em: A, B, C1, C2, C3, D e E, separados em 5 segmentos operativos: ABC1 (A+B+C1), C2, C3, D e E. Agora o novo modelo tem as seguintes classificações: A, B1, B2, C1a, C1b, C2, C3, D, E1 e E2. São 10 níveis divididos em 7 segmentos operativos: AB (A+B1+B2), C1a, C1b, C2, C3, D e E (E1+E2), onde podemos observar na seguinte imagem:
Lado esquerdo: Modelo antigo | Lado direito: Novo Modelo GSE 2016
As categorias são definidas como: AB (classe alta), C1a (classe média acomodada), C1b (classe média emergente), C2 (classe média típica), C3 (classe média baixa), D (vulneráveis) e E (pobres). A diferença entre C1a e Cb1 é a participação no gasto e algumas tendências motivacionais, mas nota-se que a classe C3 é a mais numerosa do país, com um peso equivalente a 29% da população, seguido pelo grupo D.
Segmentação Socioeconômica no Chile | Fonte: AIM / La Tercera (Dezembro, 2015).
Os grandes desafios para o futuro estão marcados pela complexidade dos estudos contínuos e a necessidade de acompanhar a mudança estrutural da sociedade, o restante depende das empresas e profissionais. Vale ressaltar que esse estudo teve um grande êxito graças a alta taxa de respostas dos participantes na pergunta sobre o nível de renda, que alcançou uma taxa de 94% quando foi coletada via online. A sociedade está confiando cada vez mais nos estudos online, área onde a Netquest é uma empresa pioneira no mercado ibero-americano, onde contamos com mais de 15 anos de trajetória.
Para maiores detalhes: baixe aqui o estudo completo do novo modelo GSE
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