O código QR, em inglês Quick Response Code, proporciona em primeira instância rapidez de leitura. Se trata de uma ferramenta idealizada para armazenar muito mais informação que um simples código de barras, é como um “código de barras bidimensional”. Estes códigos passam a imagem de modernidade, mesmo que já existam há quase duas décadas! Foram criados em 1994 pela companhia japonesa Denso Wave, subsidiária da Toyota. Seus criadores diretos, Joaco Retes e Euge Damm, souberam posicioná-lo no Japão, onde o código QR têm obtido mais popularidade.
No início foi usado na fabricação de veículos, para rastrear as partes do automóvel durante o processo de fabricação. Anos mais tarde seu uso se estendeu para a Coreia e Países Baixos, para acabar em 2002 inovando na tecnologia utilizada nas câmeras de celulares. A partir deste ponto se popularizou em todo o mundo.
Mas, como converter os códigos QR em uma ferramenta útil para a pesquisa de mercado?
Os códigos QR se “capturam” fisicamente em áreas externas: na rua, nos centros comerciais, nos hospitais, nos supermercados…por isso podem ser uma magnífica fonte de informação. Em primeiro lugar, os usuários de Smartphone que capturam códigos QR possuem um interesse pelo produto ou serviço que lhes foi exposto, desta maneira detectamos o target. O target por sua vez pode se tratar de um cliente ou um potencial cliente, informação fundamental para a comercialização do produto/serviço, para a estratégia de marketing. E de igual importância na pesquisa de mercado.
Em segundo lugar, um uso muito extensivo que estão tendo os códigos QR são sobre as pesquisas de satisfação. As respostas para estes questionários são de muita qualidade, já que se obtém no momento exato da ação em concreto, a qual pode ser: na saída de um centro comercial, depois de jantar em um restaurante; no momento de espera na caixa do supermercado; na finalização de uma jornada em um parque temático; na sala de espera de um hospital...e as vezes, se pode aproveitar e oferecer ao usuário um incentivo ou um desconto para sua próxima compra.
No terceiro ponto, também podemos encontrar os código QR nas embalagens de certos produtos e que fornece uma valiosa informação, já que sabemos que estas pessoas que capturam o código compraram ou consumiram o produto.
Em todas estas situações existe um ponto em comum: a GEOLOCALIZAÇÃO. Isto nos permite saber onde está fisicamente o target e a partir daí extrair conclusões mais amplas. Assim podemos ver que graças a estes códigos se pode manter com o cliente distintos tipos de relacionamento, algumas especialmente proveitosas para a pesquisa de mercado.
No entanto, embora esta esteja mais relacionada com o marketing da marca, devemos ter em conta que por trás de cada código tem que haver uma estratégia e algumas ferramentas para medir sua eficácia. E parece que 68,8% das empresas que fazem uso dos códigos QR, não possuem estratégia, segundo estudo da empresa espanhola Selenus.
“Os códigos QR dão imagem de modernidade mas são pouco utilizados”, segundo 20minutos.es. Outros estão de acordo com esta afirmação, pois já se falou de “A morte do código QR”...Porém há uma boa notícia: em 2011, a Espanha se situava como o terceiro país que mais códigos QR digitalizava, atrás dos Estados Unidos e Canadá.
Além do país, o setor que mais se comunica através dessa tecnologia é o setor de alimentação e bebidas e, seguido de muito longe, pelo setor de saúde e beleza, e depois o setor cultural (livros e DVD’s).
Em conclusão, ainda que alguns dizem que o código QR está se aproximando cada vez mais de uma morte lenta, a NetQuest acredita que a pesquisa de mercado ainda não tomou todo o partido do que o QR pode oferecer.
Quais outras possibilidades você acredita que estes códigos apresentam?
Conhece algum caso em que o QR foi usado como método dentro de um estudo de mercado?
Fontes consultadas:
http://canalsondeo.com/blog/2012/12/12/codigos-qr-feedback-a-tiempo-real/
http://ticsyformacion.com/2012/10/25/todo-sobre-los-codigos-qr-infografia-infographic-marketing/
http://enroquedeciencia.blogspot.com.es/2012/05/el-cuadradito-rarito-ii.html